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A censura e manipulação dos discursos por meio de lideranças políticas.


No dia 21 de abril as integrantes Raissa Machinsky, Roberta Trilha e Andressa Carvalho, organizaram em Campo Grande a Marcha Nacional pelo Parto Humanizado, que contou com a presença de entidades como a Defensoria Pública, o Conselho Municipal da Mulher, presença de lideranças comunitárias e parlamentares.


Mais tarde, após a Marcha, na rede social da Vereadora Luiza Ribeiro, com surpresa nossa associada Raissa notou que seu discurso foi cuidadosamente editado para omitir a palavra MULHER.


Em seu discurso, a associada agradecia a presença das autoridades, das associações de Doulas e afirmava a importância de votar em mulheres, uma vez que todas as políticas públicas voltadas para sanar a dívida histórica que a sociedade tem com as MÃES, CRIANÇAS E BEBÊS sempre partiram de outras mulheres.


Ressaltou, também, que a principal condição da existência humana é através do nascimento e que, histórica e cientificamente, MULHERES são as responsáveis pelo trabalho de gestação, parto e amamentação.

A liderança de esquerda legendou os vídeos usando o termo “pessoas que gestam”.


Nas palavras de Raissa:


“Quando vislumbramos um movimento de protagonismo feminino, logo impõe-se sobre nossa fala e comportamento uma pretensa “inclusão” de pessoas que nem presentes estavam.”

Ainda neste dia, um jornal virtual publica matéria com foto de lideranças de partido de esquerda e estrutura sua reportagem ressaltando a presença das parlamentares e demais autoridades que nem estariam lá se mulheres como Raissa não tivessem trabalhado para a marcha acontecer, como desabafa Raissa:


“Todas as pessoas que trabalharam para a realização da marcha são mulheres, todas as entidades oficiadas que responderam o chamado, mandaram mulheres para os representar. Eu não acho isso ruim, acho ótimo, mas me pergunto quando NÓS estaremos ocupando esses espaços DE LIDERANÇA sem precisar nos vender ao discurso desumanizante e que apaga as mulheres.”


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